Formado em Teologia, Letras e Direito, Aristóteles Ferreira da Fonseca, prestou o concurso para analista de meio ambiente da Fundação de Meio Ambiente (Fema) em outubro de 1994, passou e foi empossado dois anos mais tarde, no mesmo período.
Desde que iniciou, na extinta Fema, sempre trabalhou na área jurídica. A época era responsável pela parte jurídica da Fundação e prestava assessoria jurídica ao gestor de meio ambiente e, prestou serviços na Comissão de Processos Administrativos Disciplinares.
Grande lutador em prol das causas ambientais, o incansável servidor, hoje aposentado da Sema, atualmente com 84 anos e muita disposição para continuar atuante, está no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), como auxiliar da assessoria jurídica na elaboração dos pareceres jurídicos, desde a sua transferência em 2010, a convite do secretário do Consema, José Valter Ribeiro.
Em sua entrevista, Aristóteles que mesmo enfrentando problemas de saúde e travando uma batalha diária, acredita que com a fé, tudo é possível. Ele explicou todo o procedimento do seu trabalho, desde o encaminhamento do processo pela Superintendência de Procedimentos Administrativos (SPA) da Sema à análise jurídica, da qual participa junto ao assessor do Consema e todo encaminhamento a junta de julgamento do conselho.
Para ele, desde a transformação de Fundação (Fema), tendo como último gestor ambiental, Moacir Pires de Miranda, à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em 2005, sendo o primeiro secretário, Marcos Henrique Machado, a Sema cresceu.
“É muito bom acompanhar o desenvolvimento de Mato Grosso em relação as questões ambientais. A Sema, é a Secretaria mais importante do governo, porque ela trabalha com os elementos essenciais à vida, a alimentação e ao progresso do Estado” comentou Aristóteles ao ressaltar que “mesmo com todo esse crescimento, existe uma demanda por capacitação de mão de obra, a fim de dar continuidade aos trabalhos ambientais”.
Em sua opinião, foi a implantação do Código Ambiental de Mato Grosso, pela lei complementar estadual, nº 38, à época da extinta Fema, responsável pela expansão dada ao conceito meio ambiente sustentável e, desde então, as providencias que têm sido tomadas, especialmente pela preservação dos biomas e sobretudo à defesa das águas, hoje pela Sema, são fatores que fizeram e fazem à diferença.
“A água é o elemento absolutamente indispensável à vida no seu estado mais amplo”, frisa Aristóteles preocupado com a evolução da gestão dos nossos recursos hídricos.
“Tudo que vive na água, precisa ter curso livre para subir”, disse referindo-se a escada do peixe, indispensável em qualquer obra relacionada às hidrelétricas, para que não comprometa o ciclo dos peixes e à vida.
De todas as questões ambientais, Aristóteles julga a proteção às nascentes e cursos de água permanentes ou intermitentes, como sendo prioritárias.
“Vejo com muito agrado as iniciativas da Sema em transformar as áreas degradadas, com replantio de árvores, que garantirão o uso sustentável, sem desmate de novas áreas”, referindo-se às ações da Sema e reportando sua preocupação com o tema sustentabilidade ambiental.
Para ele a Terra é o grande “domus” criado por Deus, para que todos vivam e, vivam bem, e Mato Grosso é por excelência o local criado para ser o celeiro do mundo e a habitação pacífica de quantos para que aqui viverem.
“Preservar Mato Grosso não é apenas uma obrigação, mas um dever de quem quer administrar segundo a vontade de Deus, que deve estar sempre em primeiro lugar, seguido dos homens e coisas”, finalizou sabiamente, Aristóteles Ferreira da Fonseca.