A Natureza é a temática central desta segunda-feira (24.10), no II Congresso de Natureza, Turismo e Sustentabilidade (Conatus 2011), que acontece até a próxima quinta-fera (27.10), no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.
Promovido pela Fundação Neotrópica do Brasil, em parceria com o Governo do Estado, por meio das Secretarias de Meio Ambiente (Sema) e de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), o Conatus foi aberto neste domingo (23.10), com palestra magna da integrante da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (IUCN Brasil), Maria Tereza Jorge Pádua, que falou sobre as Vantagens e desvantagem do Ecoturismo no Brasil”.
Antes da palestra, autoridades abriram o evento. Miguel Milano, em nome da Fundação Neotrópica do Brasil falou sobre a proposta do Conatus 2011 (cuja primeira edição aconteceu no ano passado, em Bonito, no Mato Grosso do Sul e, a partir de Cuiabá, a ideia dos organizadores é que se torne um fórum permanente de discussões, com congressos bienais. “Nosso desafio é grande, não só na execução do evento, mas também no desenvolvimento de um programa que traga contribuições efetivas para o crescimento do turismo, como promotor da conservação da natureza”.
Milano ressaltou que o objetivo do Conatus que é chamar a atenção para a questão da sustentabilidade do setor turístico, tendo como base os conhecimentos científicos.
Também participaram da abertura, os secretários de estado do Meio Ambiente, Vicente Falcão de Arruda Filho e de Desenvolvimento do Turismo, Teté Bezerra. Vicente Falcão destacou a transversalidade das ações entre Meio Ambiente e Turismo e lembrou que sustentabilidade é um conceito amplo, que envolve questões, econômicas, sociais e ambientais e disse que “Mato Grosso tem vocação para o desenvolvimento sustentável”. Sobre o evento, Falcão destacou a grande oportunidade para o compartilhamento de conhecimentos e experiências já que o Conatus traz representantes de vários países como África do Sul, Nova Zelândia e Peru.
A secretária de Desenvolvimento do Turismo, Teté Bezerra disse que Mato Grosso precisa ampliar sua base de desenvolvimento. “Hoje, mais de 90% da economia do estado está baseada no agronegócio, mas sabemos da efetiva possibilidade de construir no estado, uma grande atividade econômica que possa contrapor essa realidade, ampliando a base desenvolvimentista de Mato Grosso”.
Também participou da abertura do Conatus, o secretário de Turismo da Bahia e presidente do Fórum Nacional de Secretários de Turismo, Domingos Lioneli. “O Turismo e o Meio Ambiente representam um aliança estratégica e profunda para o desenvolvimento do país e, uma das atividades econômicas que estão mais próximas de se tornarem cem por cento sustentável. Isso porque é parte do negocio do turismo a conservação da natureza e da cultura de um povo”.
Após as autoridades, a palestrante Maria Tereza falou sobre o potencial brasileiro para o ecoturismo mostrando as vantagens e os desafios para que essa atividade se torne uma realidade no país.
Detentor da terceira maior biodiversidade do planeta, fauna, flora e cenários exuberantes – com atrações únicas como a revoada de 10 mil papagaios no sul do Brasil, ou a pororoca no Amazonas -, ou seja, um potencial pouco visto em outros países do mundo, ainda carece de qualidade em seus serviços, infra-estrutura e organização para o uso publicam das unidades de conservação. “Além disso, temos um ecoturismo muito caro, em razão das distancias dos destinos dentro do nosso pais”.
Maria Tereza, que é engenheira agrônoma por formação e referência no movimento ambiental brasileiro devido aos inúmeros trabalhos dedicados a conservação e preservação da natureza, lembrou que ainda é baixa a visitação nas unidades de conservação brasileiras e que apesar de 75 milhões de hectares de áreas protegidas, somente por unidades de conservação federais, somente menos da metade desse total, são parques efetivamente dotados de alguma infra-estrutura para receber o turista.
A especialista citou alguns exemplos positivos como o Sesc Pantanal, e o Parque do Cristalino e destacou a necessidade de maior capacitação e profissionalismo do setor.
Após a palestra magna, foi realizado um coquetel de abertura e a apresentação da Dança dos Mascarados, de Poconé.
PROGRAMAÇÃO – Nesta segunda-feira (24.10), na parte da manhã, serão apresentadas as experiências do turismo de natureza na Nova Zelândia, Peru e África.
Das 13:30 horas às 14:00 horas serão apresentados os trabalhos técnicos-cientificos, por meio de pôsteres (resumos expandidos).
Na parte da tarde, a partir das 14:00 horas serão apresentados os casos de sucesso de Alta Floresta-MT, com o Hotel de Selva Cristalino; Bonito-MS, com o Abismo Anhumas e o Sesc Pantanal, Porto Cercado-MT, na primeira mesa redonda do evento.
As 14:00 tem início a mesa redonda 2 com a apresentação das experiências temáticas do turismo de observação de baleias na Bahia, o rafting em Santa Catarina e o turismo de base comunitária na Amazônia.
Das 19:00 às 22:00 horas acontece a Reunião Paralela que vai discutir o tema Turismo e Pesca. São 40 vagas e as inscrições podem ser feitas no evento.
O Conatus 2011 é uma iniciativa da Fundação Neotrópica do Brasil em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Sebrae - MT, Convention Bureau - MT e Instituto Homem Pantaneiro – MS.
Confira a Programação desta segunda-feira (24.10) do II Congresso de Natureza, Turismo e Sustentabilidade – Conatus 2011.
PROGRAMAÇÃO DO II CONATUS
Data: 23 a 27 de outubro
Local: Centro de Eventos do Pantanal, Cuiabá, MT
DIA 24 de outubro, Segunda-feira
Temática do dia – Natureza
8 horas às 9 horas – Solenidade oficial de abertura
9 horas às 10 horas – Palestra 1 – Turismo de Natureza na Nova Zelândia – Lições a aprender – Liane Ingberman/ Onsen Hot Pools/ Nova Zelândia
10 horas às 11 horas – Palestra 2 – Turismo de Natureza do Peru – Lições a aprender – Jorge Chavez – Universidade La Molina/Peru
11:30 horas às 12:30 horas – Palestra 3 – Turismo de Natureza na África – Lições a aprender – Pedro da Cunha e Menezes – Consulado Brasileiro na Cidade do Cabo/África do Sul
13:30 horas às 14 horas – Trabalhos técnicos-científicos – Apresentação dos (pôsteres) dos resumos expandidos selecionados
14 horas às 15:45 horas – Mesa-redonda 1 – Casos de Sucesso
a) Hotel de Selva Cristalino – Alta Floresta-MT – Vitória da Riva Carvalho
a) Abismo Anhumas – Bonito-MS – Edmundo da Costa Junior
c) Sesc Pantanal – Porto Cercado-MT
16:15 horas às 18 horas – Mesa-redonda 2 – Experiências Temáticas
a) Turismo de observação de baleias (BA) – Paulo Sapienza – Centrotour
b) Rafting e Turismo (SC) – Otto Hassler/Ativa Hafting e Aventuras
c) Turismo de base comunitária na Amazônia – Ana Gabriela Fontoura – Instituto Peabiru
19 horas às 22 horas - Reunião Paralela 1 – Turismo e Pesca (40-50 vagas mediante inscrição)
a) Sucesso do turismo de pesca na Amazônia Mato-grossense: o caso da Pousada Mantega-MT – Marcos Vinicius Glueck
b) O turismo de pesca no Pantanal: uma visão crítica de alguns problemas comuns – Glaucia Gaigher/TV Morena-MS
c) Ações do Ministério Público Estadual de MT voltadas ao turismo e pesca – José Zuquim Nogueira- Juizado Volanta Ambiental (Juvam-MT)
d) O futuro da pesca esportiva no Brasil – Helcio Honda – Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva
19 horas às 22 horas – Reunião Paralela 2 – Perspectivas para as atividades de uso público em Unidades de Conservação (40 a 50 vagas mediante inscrição)
a) Trilhas de Longo Curso: O que falta para que os Parques Brasileiros as tenham – Pedro da Cunha e Menezes - Consulado Brasileiro na Cidade do Cabo/África do Sul
b) Uso público em Unidades de conservação: Como agradar Gregos e Troianos? – Teresa Cristina Magro – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP
c) Trilhas de longo curso e diversificação do uso público nos parques estaduais de São Paulo – Anna Carolina Lobo/Fundação Florestal de São Paulo