Técnicos da Superintendência de Recursos Hídricos (SURH) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) acompanharam, na última semana, a instalação de mais uma Plataforma de Coleta de Dados da Rede de Monitoramento de Eventos Hidrológicos Críticos no município de Nova Xavantina (645 quilômetros de Cuiabá).
Ao todo, Mato Grosso já possui instaladas oito estações e a previsão é de que chegue a 11 até o final do ano. Até outubro deve ser instalada uma plataforma em Peixoto de Azevedo, na Bacia Amazônica e, em seguida, ativada as plataformas de Rondonópolis e Barra do Garças. As estações estão sendo montadas por técnicos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
O superintendente de Recursos Hídricos da Sema, Nédio Carlos Pinheiro explicou que as estação monitoram o nível do rio e a chuva e fazem parte das ações previstas no Programa Progestão – Pacto Nacional pela Gestão das Águas, ao qual o estado aderiu em junho do ano passado.
As plataformas são estações telemétricas que medem precipitação pluviométrica (chuva) e nível do rio e enviam essas informações, via satélite, de hora em hora para a Sala de situação que funciona na sede da Sema, em Cuiabá, e para o banco de dados da Agencia Nacional de Água (ANA). A unidade atua como um centro de gestão de situações críticas, subsidiando a tomada de decisões por parte dos gestores, em especial nas operações de curto prazo.
“O acompanhamento das condições hidrológicas dos sistemas hídricos possibilita a identificação de possíveis ocorrências de eventos críticos, permitindo a adoção antecipada de medidas mitigadoras, minimizando os efeitos de inundações e outros eventos”, explicou o coordenador de Ordenamento Hídrico da Sema, Leandro Maraschin.
Em Mato Grosso a rede de monitoramento de eventos hidrológicos críticos tem plataformas instaladas nos municípios de Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço, Cáceres, Barra do Bugres, Barra do Garças e Tesouro, e agora em Nova Xavantina.
A escolha dos locais para a instalação das estações telemétricas foi orientada pelo Atlas de Vulnerabilidade a Inundações que toma como base dados da Defesa Civil Estadual e do Ministério da Integração.
Esse trabalho é resultado de um convênio firmado em 2012 com a Agência Nacional de Águas (ANA) visando desenvolver ações conjuntas de gestão de recursos hídricos. Além da instalação da Sala de Situação, uma das exigências da ANA para que o estado possa receber os recursos advindos do Programa Progestão, estão previstas outras metas como compartilhamento de informações sobre águas subterrâneas, atuação para segurança de barragens, integração das bases cadastrais e contribuição para difusão do conhecimento sobre recursos hídricos.
Um dos trabalhos da Sala de Situação é informar à população, com antecedência, sobre a possível ocorrência de eventos hidrológicos críticos como chuvas de alta intensidade e inundação dos rios a fim de que possam ser tomadas as providencias salvando vidas e reduzindo os prejuízos econômicos. Essas informações são publicadas diariamente no portal da Sema (www.sema.mt.gov.br) no link Sala de Situação.
Este mês técnicos da ANA estiveram em Mato Grosso avaliando os trabalhos desenvolvidos pelo Estado, na Sala de Situação, e aprovaram as ações.
Ao todo serão investidos no projeto mais de R$ 2 milhões em cinco anos. Os recursos são do Governo do Estado e da Agência Nacional das Águas (ANA). Mato Grosso receberá, nos próximos dias, a segunda parcela no valor de R$ 750 mil.