O coordenador de Fiscalização de Pesca e Tráfico de Animais Silvestres, Carlos Roberto Pires Cesário explicou que a ceva é um método de pesca proibido pela Lei 9096/2009, que dispõe sobre a Política de Pesca no Estado de Mato Grosso. Essa Lei tem como princípio assegurar o equilíbrio ecológico, a conservação dos organismos aquáticos e a capacidade de suporte dos ambientes de pesca.

Nos rios, a ceva fixa é utilizada para armazenar o alimento no fundo do rio, um método que acaba alterando o ciclo natural dos peixes fazendo com que os cardumes deixem de se locomover em busca do alimento e fiquem próximas as cevas, tornando-se presas fáceis. Além disso, constituem um perigo para as embarcações que trafegam pelo rio.

Os fiscais com o apoio da Policia Militar percorreram o Rio Cuiabá a partir do município de Santo Antonio do Leverger até a entrada das Baias de Chacororé e Siá Mariana, no Pantanal, um trecho de aproximadamente 70 quilômetros de rio. As redes e tarrafa foram localizadas no trecho compreendido entre o Porto do Bene, em Cuiabá até a Praia Grande, no município de Várzea Grande.

Segundo Carlos Cesário o material utilizado para pesca depredatória (tarrafa e redes) foi imediatamente descaracterizado e as garrafas Pet utilizadas na ceva fixa, cerca de 150 quilos, foi doado a Igreja Batista Boas Novas, parceira da Secretaria de Meio Ambiente no Programa Projeto Reciclagem, criado pela Sema para fomentar a prática da coleta e da destinação adequada de resíduos do tipo garrafas PET e óleo vegetal (de cozinha), pelas instituições públicas e/ou privadas, bem como organizações de qualquer natureza, para fins de reciclagem e reaproveitamento.