Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) participaram do Workshop “Técnicas em Captura, Contenção, Manuseio e Soltura de Animais Silvestres com” com objetivo de apresentar a equipe técnica do licenciamento ambiental como fazer a contenção, resgate e soltura durante o trabalho de campo. Duas serpentes da espécie jiboia foram usadas durante o treinamento.
O curso foi organizado pela Escola de Meio Ambiente, com idealização da Superintendência de Infraestrutura, Mineração, Industria e Serviços (Suimis) da Sema e ministrado em parceria com a empresa de consultoria MRS Ambiental.
Lizia Murbach, uma das responsáveis pelo evento, destacou que o intuito do curso foi a troca de experiência sempre pensando nas melhorias das atividades em campo. “ A Sema está ligada em todo esse movimento de preservação. A parte prática com a presença de duas serpentes é muito importante para o pessoal verificar como é feita a captura, a contenção, o resgate e a soltura, agregar esse conhecimento de como fazer o afugentamento para uma área que é segura para os animais na construção de um empreendimento, tirando ele da área que está sendo tendo alguma intervenção ambiental, como a retirada da supressão vegetal”.
O superintendente de Infraestrutura, Mineração, Industria e Serviços, Valmi Lima, explicou que a equipe técnica que trabalha em campo durante o licenciamento ambiental tem a teoria, mas é importante a vivência prática. “O conhecimento de campo ajuda a enriquecer o conhecimento técnico do analista e reforça a troca de experiência, principalmente dos servidores que tratam com resgate na nossa equipe, como os biólogos”.
Entre os assuntos abordados no workshop estão: captura, coleta e transporte de fauna terrestre e aquática; uso de equipamentos de EPI para captura e contenção da fauna; o papel do biólogo e do médico veterinário nas etapas do resgate de fauna; particularidades em manuseio de mamíferos, aves, anfíbios e répteis e experiências de campo em diferentes trabalhos de resgates de fauna.
A bióloga da MRS Ambiental, Lorena Castilho, que ministrou o curso ressaltou a importância de trazer para o corpo técnico da Sema o afugentamento de fauna que pode ser feito durante as vistorias de campo. “O curso traz quais equipes e profissionais devem estar na atividade, quais equipamentos usar, triagem para área correta de soltura, a avaliação do médico veterinário para saber se o bicho pode ser solto ou se precisa de reabilitação, a forma correta de soltar o animal. Trouxemos equipamentos e armadilhas de fauna, câmeras traps que monitora o bicho. É importante monitorar estas áreas antes, durante e após a atividade”.