O Boletim do Desmatamento da Amazônia Legal, divulgados pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), identificou uma queda de 41% nos alertas de desmatamento em dezembro de 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em números absolutos, foram desmatados 50 km² no mês passado contra 85km² em 2018. Os dados foram divulgados nessa terça-feira (28.01).
De acordo com o secretário adjunto executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Alex Marega, a Pasta lançou diversas ações estratégicas para conter o avanço do desmatamento. Com o apoio da Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal, adquirida com recursos do Programa Rem-MT, o Estado passou a monitorar o Estado diariamente com resolução espacial de três metros tornando a identificação dos danos ambientais mais célere e eficiente.
A partir do monitoramento diário, a Sema age para cessar o progresso do dano por meio de notificações remotas (ligação telefônica), autuação remota e envio de equipes a campo para deter o desmatamento por meio de sanções administrativas por meio multas, embargos e apreensão de bens e equipamentos. Utilizando a tecnologia de satélites Planet, a plataforma detecta desmatamentos a partir de um hectare.
"Para 2020, estamos preparando a maior ação de combate ao desmatamento já vista em Mato Grosso. Estamos nos reunindo com as forças de segurança do estado e órgãos ambientais federais para definição das ações durante o período da seca, que costuma ser o mais crítico para a floresta", projeta Marega.
Mato Grosso apresentou, nos alertas de desmatamento, aumento de 12% no período de agosto de agosto a dezembro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. Dentre os nove Estados da Amazônia Legal, Mato Grosso ocupa a última posição no ranking de aumento de desmatamento.
Na avaliação da Sema, diante da pressão exercida em todo bioma amazônico ao longo de 2019, as ações implementadas pelo Governo surtiram efeitos para manter o desmatamento sob controle evitando que Mato Grosso atingisse os mesmos índices de desflorestamento visto nos outros Estados da Amazônia Legal.
Áreas protegidas
O Imazon também avaliou a ameaça e a pressão exercida sobre as áreas protegidas (AP) no bioma amazônico. O Estudo monitorou, entre agosto e outubro de 2019, o avanço do desmatamento em unidades de conservação e terras indígenas, classificando ameaça risco iminente de ocorrer desmatamento no interior de uma AP e pressão quando o desmatamento se manifesta no interior da área. Mato Grosso não possui áreas protegidas no ranking geral das áreas sob ameaça e pressão.
Autor: Juliana Carvalho