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SEMA
Publicado: Segunda, 18 de Julho de 2016, 12h56 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h07 | Acessos: 180 | Categoria: Notícias

 

Fernanda Nazário
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Com o início do período proibitivo, na sexta-feira (15.07), a proposta da Sema e do ICV é contribuir com a cobertura especializada neste período em que há aumento de queimadas em Mato Grosso.

Jornalistas de diversos veículos de Mato Grosso participaram, esta semana, do workshop ‘Dados sobre queimadas: quais e como usar’, promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e o Instituto Centro de Vida (ICV). O treinamento teve o objetivo de contribuir com a cobertura mais especializada e educativa de matérias jornalísticas neste período proibitivo de queimadas, que começou na sexta-feira (15.07) e segue até 15 de setembro.

Para a repórter do Grupo Gazeta de Comunicação, Keka Werneck, que já tem mais de 18 anos de experiência na cobertura de temas como esse, foi importante esclarecer conceitos que podem até ser batidos no cotidiano, mas que fazem a diferença na vida do cidadão. “A ocorrência de queimadas é um problema crônico, Mato Grosso continua no topo do ranking nacional e eu sempre me questiono por que isso ainda acontece? Como podemos contribuir para essa situação ser revertida?”.

Além de informações importantes e esclarecedoras, a jornalista Raquel Ferreira, que atuava como repórter e hoje está na assessoria de imprensa do grupo Rota do Oeste, avaliou o curso como oportunidade de integração entre os profissionais que atuam em vários veículos ou mesmo assessorias. Assim, cada um entende melhor a rotina do outro. “Embora estejamos sempre correndo, com pressa, é importante aproveitar essas oportunidades. O resultado foi muito positivo, eu adorei”.

O chefe da seção de operações do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), major do Corpo de Bombeiros, Jean Carlos Arruda de Oliveira, explicou que antes de 2014 era a Defesa Civil que organizava a estratégia de combate às queimadas, com apoio do Corpo de Bombeiros. Mas a necessidade de haver uma unidade especializada nesse tipo de trabalho fez surgir o BEA que, desde então, se uniu à Sema para prioritariamente atender as unidades de conservação estaduais e tem plano estratégico para atuação no estado. “Apesar de o trabalho ser mais intenso nesta época do ano, em razão do período de estiagem, nosso cronograma é para o ano inteiro, inicialmente apenas na prevenção, depois combate e fiscalização”.

Mudança de postura

A analista de geotecnologias do ICV, Adelaine Alves Cezar, mostrou o passo a passo aos profissionais da imprensa de como acessar e produzir estatísticas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que é hoje referência para o País. Ela também explicou a diferença entre os satélites, a relação entre aumento de desmatamento e queimadas e a importância de conscientizar a sociedade sobre a mudança de postura. “São raros os casos em que o fogo começa naturalmente, se está pegando fogo é porque alguém colocou de forma intencional ou não. Cada um de nós precisa fazer a sua parte para mudar esta realidade que prejudica a todos”.

O superintendente de Fiscalização da Sema, major Fagner Nascimento, ressaltou que há relação entre desmatamento ilegal e degradação ambiental, já que o novo modelo adotado para avançar sobre a floresta hoje é muito mais gradual, pulverizado em pequenas e médias áreas, e com aparência ‘não intencional’, na tentativa de burlar a fiscalização dos Governos Estadual e Federal (Sema e Ibama). Primeiro é feita a extração de toda madeira nobre e comercial, paralelamente planta-se pasto, promovendo a degradação da área e, por último, se faz uso do fogo para facilitar o desmatamento de corte raso, que é quando geralmente se usa o correntão. “Estamos muito mais atentos hoje com a relação entre desmatamento e degradação”.

Esta é a segunda vez que o ICV e a Sema promovem um workshop para a imprensa de Mato Grosso. O primeiro ocorreu em novembro do ano passado, como preparação para a Conferência do Clima (COP 21) de Paris, na qual o Governo do Estado e parceiros apresentaram o programa Produzir, Conservar e Incluir (PCI), que propõe metas audaciosas. Entre elas, o desmatamento ilegal zero até 2020, conciliando com aumento de produção sustentável e inclusão social, especialmente da agricultura familiar, que é aquela que subsidia a alimentação da população.

A coordenadora de Comunicação do ICV, Daniela Torezzan, que esteve na COP de Paris e atua há seis anos na instituição, acredita que o estado está em um momento oportuno para diversas transformações e a área ambiental é uma delas. Por isso, contribuir para que os jornalistas possam se aprofundar um pouco mais nesses temas, saindo um pouco dos ganchos usuais e normalmente mais negativos, é algo fundamental para que a categoria avance qualitativamente nas coberturas jornalísticas. “O papel da imprensa não é apenas cobrar, mas agir de forma crítica, educativa e instrutiva, chamando o cidadão às suas responsabilidades”. 

 

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